domingo, 21 de setembro de 2008

Céu

Um olhar libertino sobre caís, docas, céus e infinitos lugares infindáveis.
Nesses lugares cobertos pela íris cega de superioridades imagináveis, só e apenas, pela pureza de uma criança não existe bom tempo que faça jus ao azul abalroado por um e outro branco gentil.
A chuva e o rasgar de tempos por limpos rasgões é apenas outra espécie de bom tempo.
Nada que nenhuma neblina possa mistificar.

Claro como um grande espelho inviável aos olhos, mas verdadeiro ao coração.
Ofusca pelas falhas inexistentes que de mestres brincam pela sua superfície.
Um grande espelho espiral, cheio de milhentos lugares vermelhos que o limpam dia após noite.
Ver-te-ei do outro lado desse céu? Desse espelho que só te reflecte a ti?
Quererás mesmo tocar-me e arriscar afundar e partir céus e terras por mim?
Não me toques nunca, far-te-ei mal, picar-te-ei, magoar-te-ei como lascas desse vidro puro que não queiras atrever-te a partir.

1 comentário:

Emms. disse...

I knew it was you from the moment I read of the sea and the train.